A participação do contingente feminino na construção de uma nova cultura
Julio Kosaka: ênfase na construção de um século novo tanto por mulheres como por homens, colaborativamente
O presidente da BSGI, sr. Julio Kosaka, conversou com a redação do BSGI Newsletter sobre o tema Século das Mulheres, denominação dada pelo presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda, ainda no século XX, em meados da década de 1970, com o objetivo de empoderar as mulheres para a mudança dos destinos do mundo. Fato esse que vem se comprovando, conforme a decisão inédita do Conselho de Segurança das Nações Unidas, já em 2002, bem no início do novo século: “assegurem uma representação cada vez maior de mulheres em todos os níveis de decisão nas instituições nacionais, regionais e internacionais e nos mecanismos de prevenção, administração e resolução de conflitos”.
Embora ainda haja resquícios de preconceitos retrógrados e ultrapassados quanto a participação feminina em esferas de decisão, desde organizações privadas até governamentais, a onda que se ergueu por debaixo de um imenso oceano de conflitos infindos, a onda feminina – silenciosa porém ensurdecedora em sua grandeza – diz a que veio e veio para ficar. Não sobre, nem sob; nem à frente ou um passo atrás; mas ao lado. Juntas e de braços dados com cada habitante deste lindo planetinha azul.
“O Século das Mulheres, conforme o dr. Ikeda colocou, não é um século a ser comandado por mulheres. Nem por homens!”, enfatizou o presidente da BSGI. O Século das Mulheres é, portanto, um momento em que todos, sem exceção, devem unir forças para estabelecer um mundo sem guerras, calcado no conceito de não violência, da dignidade da vida e no respeito inalienável aos direitos de cada ser vivo do planeta, conforme expresso na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Carta da Terra.
A luta é, portanto, não apenas de mulheres, mas de todos. “As mulheres da SGI devem se tornar parceiras e atuantes, desafiar as dificuldades e crescer rumo à sua felicidade”, enfatizou o sr. Kosaka. Ele ressaltou ainda a necessidade de que todas se coloquem em posições paralelas às dos homens, não mais a um passo atrás ou abaixo. “O dr. Ikeda, ao denominar o século XXI como o Século das Mulheres, quis deixar claro que ele confia que todas assumam seus postos e não esperem que alguém as conduza”, completou.
Ele reafirmou ainda o grande trunfo da mulher, a condição inerente a todas: o dom da maternidade. Segundo ele, ao se tornar mãe, ela se empodera. Ganha um poder e uma força que move imensidões.
Para ilustrar esse fato, ele relembrou sua saudosa mãe, cuja força e ternura marcaram sua infância. “Meu pai precisou de cuidados devido a um AVC. Eu a vi cuidar dele por vários anos e nunca se lamentar. Nunca a vi de mal humor ou deprimida. Fazia todo o trabalho de casa, cuidava de sete filhos [o sr. Kosaka é o segundo mais velho] e sempre tinha um sorriso e uma palavra de carinho para cada um de nós. Essa é a força da mulher!”, exclamou emocionado.
Kosaka afirma ainda que homem algum pode se igualar a esse poder materno. “Mesmo que quisesse, não poderia, é contra a natureza!”, brincou. O que ele quis dizer é algo que a economista evolucionária Hazel Henderson enfatizou tão bem no diálogo que teve com o dr. Daisaku Ikeda e registrado no livro Cidadania Planetária: “se mulheres tivessem poderes e fossem plenamente representadas nas negociações, a paz já teria sido estabelecida há décadas”.
Para o presidente da BSGI o Século das Mulheres está em pleno desenvolvimento. “A força e a grandeza da BSGI é fruto do empenho e das orações abnegadas das mulheres Soka, disso não tenho dúvida. Cabe a cada uma agora tomar nas mãos as rédeas de seus destinos e construir cada uma, o castelo de felicidade indestrutível”, finalizou.
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