Dileusa Nogueira desde a juventude tomou para si a missão de conscientizar sobre a importância da doação
Dileusa em alguns momentos de sua abnegada vida de disseminadora dos ideais humanistas
A belenense e hoje radicada em Petrolina-PE, Dileusa, iniciou-se na prática budista muito jovem, levada pela irmã mais velha que não queria se deslocar sozinha para as atividades. Aos poucos, a menina Dileusa foi se empolgando e se se sentindo cada dia mais integrada. “Não havia um motivo específico, eu só gostava da energia!”, contou.
Ingressou no Núcleo Feminino de Jovens e ali fez muitas amigas. Gostava de orar o mantra e logo tomou gosto. “Me empolguei com o movimento. O desejo de mudar o mundo, transformar a sociedade com o nosso esforço. Acho que foi isso que mais me motivou!”, exclamou.
Foi crescendo como pessoa e se desenvolvendo junto aos companheiros de Belém. Sempre ouvia falar da atividade do Kofu, ou a doação espontânea, realizada a cada trimestre. Queria participar mas não tinha renda própria. Dileusa era uma moça pró ativa, que buscava suas realizações. Para se locomover e integrar os encontros, arrecadava roupas e objetos pela vizinhança e fazia bazares.
Quando soube de uma grande atividade que seria realizada pelo Núcleo Jovem no Centro Cultural Campestre da BSGI em Itapevi-SP, decidiu antes mesmo de ser selecionada, que iria. E foi por meio desse grande evento que conquistou a quantia para participar de seu primeiro Kofu, a partir de uma doação especial, inesperada e que lhe causou uma imensa alegria.
Foi a São Paulo com o dinheiro contado: “Foram três dias comendo bolacha no ônibus, mas amei cada minuto!”, afirmou feliz. Ao final da atividade, todos os jovens de outros estados receberam um presente do Mestre Daisaku Ikeda: uma nota de 5 dólares. “Enquanto a maioria se apressou para trocar o dinheiro e comprar lembranças, eu decidi que faria o meu primeiro Kofu com aquele dinheiro”, disse a resoluta Dileusa. E assim o fez. E assim tem feito desde então. Desde esse dia, Dileusa vem realizando seu Kofu com alegria e um profundo sentimento de gratidão.
Casou-se em 2005 e foi com o marido viver em Petrolina-PE, sua cidade atual. O marido é um entusiasta e incentivador embora não seja budista. “Mas ele me incentiva e motiva sempre”, explicou.
O sentimento de doar-se não pára no Kofu. Decidiu que ajudaria a todos a conquistar essa vitória. Assim, as pessoas de sua cidade que precisam de ajuda para realizar a doação, munida de seu veículo de locomoção – sua bicicleta – percorre os bairros, incentivando, levando conforto e orientando sobre a importância da doação.
E desde aquela primeira vez, Dileusa vem realizando seu Kofu sempre buscando superar, romper limites. E segue incentivando os companheiros a fazerem o mesmo. “Pego minha bicicleta e vou de casa em casa. Não há o que me faça mais feliz!”, enfatizou. “Quando alguém não consegue fazer o kofu, me sinto derrotada”.
Foi numa dessas reflexões sobre como ajudar ainda mais os companheiros a participar do movimento de contribuição que ela teve a ideia dos cofrinhos. “Falo aos companheiros: nesse cofrinho estamos colocando boa sorte, gratidão, desejos, emoções. Não é dinheiro”, diz a confiante Dileusa a cada cofrinho entregue. Cada membro que consegue participar é uma vitória pessoal.
Nessa primeira etapa de 2023, Dileusa enfrentou uma tragédia pessoal para conquistar a vitória no kofu de sua localidade: o falecimento de sua querida sogra. Graças ao seu empenho para com a senhora doente e para com seus companheiros, 10 famílias conseguiram voltar a participar. Sobre sua devoção à essa atividade específica, Dileusa simplesmente diz: “Tenho gratidão ao mestre por ter vindo até aqui, com o risco de sua vida para nos trazer o budismo Nichiren; e gratidão à Soka Gakkai pela organização maravilhosa que transforma vidas!”.
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