Somos seres naturalmente sociais e, portanto, necessitados do contato vida-a-vida para que a magia do encontro aconteça
Jovens da BSGI do Piauí: ansiosas pelo reencontro presencial
Encontros da BSGI: momentos de pura emoção e entusiasmo
Na Soka Gakkai, desde a sua fundação, tudo se inicia com um encontro. Josei Toda encontrou seu mestre Tsunesaburo Makiguchi e ambos fundaram a Sociedade Educacional para a Criação de Valores, ou a Soka Kyoiku Gakkai, que em poucos anos se tornaria a Soka Gakkai, ou a Sociedade para a Criação de Valores, tornando seu caráter mais abrangente e universal. E, outros bons anos se passaram até que outro encontro emblemático ocorreu para mudar novamente a história (dessa vez a mundial): Daisaku Ikeda conhece seu mestre e mentor, Josei Toda.
E, outros bons anos se passam novamente até que Daisaku Ikeda faz do simples encontro, a arte da diplomacia em prol da paz e se encontra com centenas de milhares de pessoas em todo o mundo para transformar o destino de toda a humanidade.
E em meio a tudo isso, chegamos ao dramático ano de 2020 e a pandemia da COVID-19, que ceifou milhões de vidas preciosas e nos isolou, cada qual em sua “bolha”. Mas emergidos do cenário devastador, chegamos a este segundo semestre de 2022 e o momento de retornarmos às nossas tão amadas e almejadas atividades presenciais. Para celebrar esse momento, nada melhor que promover um encontro entre jovens e sua expectativa para essa retomada. Nossa reportagem conversou com garotas do estado do Piauí:
Esse período de mais de dois anos de afastamento social trouxe muita inquietação a todas as moças. Contaram que a maior falta foram os contatos humanos, o tocar e o sentir é algo essencial para o ser humano e, em especial, ao valoroso povo brasileiro. Provavelmente mais ainda ao povo do Nordeste, gente linda que se doa de forma irrestrita e sem receio. “Senti falta do contato mais pessoal, é diferente estar com alguém pessoalmente”, argumentou Sabrina. Já Mayara disse sentir falta do abraço das conversas animadas.
Quanto à expectativa do retorno, todas foram unânimes em concordar que o desejo de voltar a ter contato pessoal com cada companheiro é imenso. Elane enfatizou que “é uma grande oportunidade, embora ainda exista o receio de alguns membros de irem pra Sede, estamos comunicando todos que a Sede está aberta, cercada de todos os cuidados sanitários necessários para a segurança”.
Karyne explica que “queria pra ontem!”, mas entende que é um processo. A acomodação para o ambiente virtual foi benéfica por um lado, pois algumas pessoas têm dificuldade de locomoção, e no online é mais tranquilo pois, a princípio, todos têm como participar. “Mas não tem comparação com a energia dos encontros presenciais”, enfatizou.
O local de encontro, a Sede Regional, é outro ponto citado. Segundo Elane, “alguns estudantes disseram que queriam morar lá, queriam fazer aniversário lá”. A Sede tem 30 anos já. Começou como um local privado, cedido por uma família abnegada até que a BSGI no Piauí cresceu o suficiente para ter uma Sede Regional. Foram muitos desafios vencidos, muita gratidão ao empenho dos companheiros veteranos que se esforçaram para contribuir pessoal e financeiramente para essa conquista.
Ao final do diálogo, cada jovem deixou seu recado quanto ao futuro que se descortina:
Sabrina: “aconteça o que acontecer temos que estar firmes e fortes, nos mantermos fortes, apoiar e ser apoio dos outros”.
Elane: “reconhecer e romper os limites e não abandonar o barco, agir com sabedoria sem sobrecarga para mim mesma e conseguir apoiar as pessoas”.
Karyne: “comprovar o meu valor e potencial, antes da pandemia já iniciei um processo de RH e treinamento pessoal, aproveitando que no virtual me senti mais à vontade para me desenvolver e enfrentar a timidez, de forma a estar mais preparada para este retorno”.
Mayara: “acreditar em mim mesma, acreditar que eu consigo. A pandemia veio para ensinar a não nos cobrarmos tanto [teve até crise de ansiedade]”.
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