07 de October de 2022

#Veteranos extraordinários traz: Rosa Tateishi, de Dourados-MS

A grandiosidade da prática budista é algo que se percebe nitidamente ao longo de uma vida toda dedicada à humanidade

A veterana Rosa Tateishi, 79 anos, membro de Dourados, Mato Grosso do Sul, pratica o budismo há 53 anos e durante essa sua trajetória, conquistou imensos benefícios. O motivo que a levou à prática foram as dificuldades financeiras. Já casada, e incentivada pelo pai que já era budista, o casal decidiu se converter e desafiar as circunstâncias.


 O começo da prática


Foi devido a Rosa perceber a mudança de comportamento do pai após sua conversão é que ela resolveu também se tornar budista. Ela conta que antes da prática, o pai era um homem violento com sua mãe. Depois que se tornou budista, mudou muito e passou a ser outra pessoa. Seus veteranos a incentivaram a se converter junto com o marido Kasuo Tateishi, que prontamente concordou. Não somente ele, mas toda a família do marido, que compreendia Rosa, seu marido e os irmãos dele.


Como o sogro era japonês, quando recebiam líderes de São Paulo, era ele que absorvia tudo e depois repassava aos demais. Rosa, por sua vez, gostava muito de estudar o idioma de seus ancestrais e se esforçou para aprender o máximo, ao ponto de conseguir ler os escritos do buda Nichiren, algo que muitos japoneses natos não conseguem.


O casal passou por muitas dificuldades no começo da prática, pois a maioria das reuniões eram realizadas em língua japonesa. Embora seja de descendência japonesa e até hoje tenha um forte sotaque típico dessa população, na época não compreendia o idioma.


“Na época que iniciamos, não existiam líderes no Mato Grosso do Sul”, esclareceu Rosa. Ela conta que periodicamente – uma vez a cada 3 ou 4 meses – iam líderes de São Paulo. “Mas esses líderes só falavam em japonês, então tive que começar a estudar japonês para entender o que os líderes estavam passando para a gente. Tínhamos que aproveitar ao máximo os incentivos que eles traziam, então não poupei esforços para superar o desafio do idioma”, relatou.


 O inverno nunca falha em se tornar primavera


O início de sua vida de casada foi difícil. Primeiro viviam num sítio, plantando tomate, uma vida dura e sacrificante. Depois foram para a cidade e abriram um comércio que oferecia o serviço de uma máquina de beneficiamento de arroz. Mas o desconhecimento da área do comércio e da clientela acabou por frustrar os planos do casal.


Rosa conta que viveu momentos de muita bonança, com uma situação financeira invejável. Porém, como os ventos da bonança são efêmeros, o casal passou por uma dificuldade aparentemente intransponível. “Meu marido perdeu tudo. Ficamos só com a casa onde morávamos”, contou. Ela confessou que foi um período de muita revolta contra o marido e as circunstâncias. Culpava tudo e todos pelo mau carma. “Mas nunca deixei de orar duas horas por dia”, emendou. Isso continuou por um certo tempo até que um dia ouviu um relato de uma membro do Núcleo Feminino da BSGI do Amazonas. “Ela disse que enquanto ficar culpando os outros pelo seu infortúnio, nada irá mudar. Somente quando assumir a responsabilidade pelo que está acontecendo é que as coisas começarão a ser transformadas”, enfatizou Rosa.


Foi então que um veterano da organização os incentivou a retornarem a Dourados e abrirem um restaurante. O restaurante foi inaugurado e batalharam muito, mesmo sem obterem quase nenhum lucro no início. Com a ajuda de um dos filhos que morava no Japão, conseguiram se manter, mas sempre mantiveram a esperança, sem desistir e Rosa conta que passou a se responsabilizar pelo seu carma. O restaurante já completa 26 anos.


Rosa é imensamente grata por todos os benefícios que conquistou e conquista até hoje, fruto de todo o seu esforço na prática budista. “Hoje desfruto de uma vida muito confortável e só tenho gratidão pela prática do budismo. Meus maiores benefícios durante todos esses anos de dedicação foram realmente de ter criado meus filhos como verdadeiros valores. Passei por todas as dificuldades de cabeça erguida. Tenho uma filha que sofreu um acidente, mas não aconteceu nada com ela, além da minha saúde que é muito boa e nunca precisei me preocupar com médico, isso tudo graças a essa maravilhosa prática budista”, finalizou.


 

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