Coordenadoria Educacional da BSGI promove evento marcado pela reflexão e conscientização
Amaral Vieria: reflexões sobre a insensatez da violência e a necessidade de paz
Momento da entrega das guirlandas de tsurus
Os palestrantes convidados ao lado de Giballin (à dir.)
Eu sou uma proposta de paz! Essa foi a ideia que permeou o evento da Coordenadoria Educacional (Ceduc) da BSGI, realizado no dia 5 de agosto último, no auditório do Centro Cultural da BSGI, em São Paulo. Intitulado Por um modo mais HUMANO de VIVER, o seminário foi uma reflexão sobre a Proposta de Paz de 2017 do Dr. Daisaku Ikeda: A Solidariedade Mundial dos Jovens – o Alvorecer de uma Nova Era de Esperança, promovido pelo Núcleo de Difusão em Educação Soka e Propostas de Paz (Nudesp) juntamente com o Departamento de Estudos e Práticas em Ciências da Educação (Depeduc), dois dos grupos da Ceduc. O evento contou com os palestrantes: Giballin Gilberto, responsável pelo Nudesp; Fernanda Cassiano, representante da ONU/Pnud; Amaral Vieira, maestro, compositor, professor e pianista, e Júlio China, vice-presidente da BSGI.
“Eu não tinha me dado conta de como poderia colocar a proposta de paz do presidente Ikeda em minha vida. ‘Eu sou a proposta de paz’, foi um insight, uma descoberta!”, conta o estudante de veterinária e associado da BSGI, Bruno Taly. Participando pela primeira vez em um evento da Coordenadoria Educacional (Ceduc), o jovem estudante foi um dos 500 privilegiados presentes.
Sonia Kato, coordenadora da Ceduc, abriu o evento discorrendo sobre a importância de eventos como esses na promoção de reflexão e conscientização para a construção de uma paz verdadeiramente perene. “Os jovens são os agentes fundamentais para a mudança”, enfatizou Sonia.
Marcando positivamente uma das datas simbolicamente mais trágicas da história da humanidade, o dia em que a bomba atômica foi lançada em Hiroshima, a Ceduc fez a entrega de guirlandas de tsurus (pássaros grou japoneses) confeccionados em origami (dobradura de papel), para o vice-presidente do Centro Cultural de Hiroshima, Yoshikazu Murakami.
E, como forma de integrar a arte ao evento, a soprano lírico Marly Montoni apresentou uma performance magistral da canção de George Gershwin, Summertime.
“Eu sou uma proposta de paz”, foi o tema da palestra de Giballin Gilberto. “Paz é uma postura que precisa de energia e coragem, sair da zona de conforto e ir em busca de soluções”, ressaltou. Introduziu com grande propriedade as três áreas prioritárias da Proposta de Paz de 2017: 1) proibição e abolição dos armamentos nucleares; 2) reagir diante da crise dos refugiados e 3) construir uma cultura de direitos humanos.
Fernanda Cassiano, falando em nome da ONU, discorreu sobre a crise dos refugiados contextualizando a questão em números alarmantes. São milhões de pessoas em todo o mundo sendo forçadas a deixar seus países por conflitos e outros motivos igualmente terríveis. Este fato resulta numa crescente tensão nas sociedades que recebem estes refugiados, a xenofobia se alastra de forma preocupante. “As pessoas parecem se esquecer de que são pessoas, seres humanos, com sentimentos, e que merecem nossa solidariedade e benevolência”, explicou Fernanda.
Amaral Vieira levou ao evento suas reflexões e sentimentos em relação ao documento do dr. Ikeda. Relembrou um fato de sua vida, de quando estudava música na Alemanha, em 1970. Nessa época o país vivia um clima de estabilidade após os anos de penúria do pós Segunda Guerra e foi essa população que viu chegarem grandes hordas de pessoas esquálidas e miseráveis vindas da Romênia. “Vi com pesar o modo como aquelas multidões eram discriminadas e rejeitadas”, contou o músico. Ele enfatizou que considera o presidente Ikeda como “a pessoa mais capaz para conduzir a humanidade à paz”.
Fechando a série de palestras, o vice-presidente da BSGI, Júlio China, fez uma importante reflexão sobre a juventude atual que se auto aliena, refugiando-se em um universo digital e irreal. Na contramão desse viés, o movimento jovem da BSGI se engaja corajosamente em ações práticas que visam promover o empoderamento e a capacitação de toda a sociedade. “Duzentos jovens da BSGI, por iniciativa própria e com recursos próprios, viajaram ao Japão esta semana para um intercâmbio, com o objetivo de se capacitarem para serem agentes de transformação positiva na sociedade brasileira!”, enfatizou. Esta é a juventude da BSGI, que supera limites e se lança em um voo consciente rumo à sua iluminação.
Ele ainda reiterou que o presidente Ikeda tem orientado diligentemente as mais diversas ações para a conscientização das pessoas, notadamente a partir das organizações da SGI – a Soka Gakkai Internacional – que reúne pessoas de 192 países e territórios, com a fundamentação budista da absoluta dignidade da vida, que gera a consciência, mãe de todas as nossas ações e, por meio de empreendimentos culturais e notadamente com ação efetiva na educação formal. Isso resulta em profunda conscientização de educadores e demais associados que, por meio de grupos como a Ceduc realizam ações efetivas que promovem a reflexão e a conscientização.
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