25 de September de 2014

O mundo todo é o nosso palco!

Uma homenagem da BSGI ao Dia Nacional do Teatro

Máscara: ícone da representação teatral

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos” (Charles Chaplin)


Embora seja comum associar o teatro à Grécia Antiga, é preciso lembrar que esta arte sempre esteve presente em toda a história humana. Desde as cavernas, antes mesmo de adquirir uma fala articulada, o homem já representava, como forma de comunicar-se. A magia da contação de histórias – seus feitos e destrezas – aliados aos desenhos rupestres era uma forma de interpretar e reinventar a vida pois, “quem conta um conto, aumenta (ou recria) um ponto”. Etimologicamente a palavra teatro deriva do Latim theatrum, e do Grego theatron, literalmente “lugar para olhar”, e de theasthai, “olhar”. O sufixo tron, significa “lugar”[1]. E o Dia Nacional do Teatro é comemorado em 19 de setembro.


Escreveu o célebre dramaturgo inglês William Shakespeare: “Estamos todos num mesmo barco em mar tempestuoso e devemos uns aos outros uma terrível lealdade(...) O mais importante da vida não é a situação em que estamos, mas a direção para a qual nos movemos.Toda a vida humana tem a ver com o teatro, embora somente uma pequena parcela da população brasileira tenha o hábito de assistir a espetáculos de teatro. O título deste texto tem a ver com o cotidiano social onde cada indivíduo tem um papel e representa-o em seu dia-a-dia. Desde o início da civilização, em qualquer parte do mundo, o homem sempre representou. E isso nada tem a ver com causar uma falsa imagem ou o desejo de ludibriar, ou “pregar peças” em alguém. A representação no teatro da vida é uma realidade, só limitado pela capacidade de imaginar.


O teatro é um simulacro da vida e a representação dela no palco nos leva à reflexão profunda”, enfatiza o ator, diretor e produtor teatral, Ronaldo Robles. Associado da BSGI ele coordena o Núcleo de Artistas humanistas da organização e ressalta que “ao subir no palco, o ator busca oferecer à platéia o seu melhor e com isso realizar uma troca energética com cada espectador”.


Foi na Grécia que a arte teatral, da forma como conhecemos hoje, surgiu. As produções, até então, tinham cunho religioso e basicamente homenageavam os deuses. Cada ator vivia um personagem que louvava as virtudes e as destrezas destes, sempre no papel de mortais. Um dia, um destes atores chamado Tespis, cobriu o rosto com uma máscara, adornou os longos cabelos com cachos de uva – uma clara alusão à figura do deus do vinho e das festas, Dionísio – entrou no palco e declarou em alto e bom som: “eu sou Dionísio!”. Foi um assombro geral pois nunca alguém se colocara no lugar de uma divindade. Foi uma afronta e um assombro generalizado. Porém, mesmo sem saber, sua ousadia deu origem a uma das mais antigas e celebradas artes. Naquele momento nascia a Arte Teatral!


Daí para frente a evolução natural fez com que as artes se integrassem. Hoje é comum vermos que cada vez mais as produções exigirem a utilização de teatro, música, dança, artes visuais, multimídia com efeitos de computação gráfica, filmes e efeitos visuais e sonoros. Não há limites para a criação humana. Mesmo produções sem grandes recursos financeiros conseguem realizar espetáculos de grande impacto pois a criatividade humana supera os obstáculos e impulsiona as mentes ao surpreendente e ao fantástico.


O teatro representa hoje mais do que um local ou uma produção teatral. É o símbolo da genialidade e da imaginação humana, capaz de desvendar mundos, promover consciências, disseminar idéias e ideologias, levar à reflexão, proporcionar momentos de encantamento e, mais que tudo, brindar a incrível sabedoria de toda a espécie humana! Afinal, como enfatizou Arthur Miller[2], “o teatro não pode desaparecer porque é a única arte em que a humanidade enfrenta à si mesma”.


[1] Site de Etimologia – http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/teatro/


[2] Arthur Asher Miller (17/10/1915~10/02/2005) dramaturgo novairquino, autor de várias peças que se tornaram grandes clássicos da arte teatral como A morte do caixeiro viajante e As bruxas de salem. 

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