08 de May de 2022

Mães Soka: desafiando e transformando realidades

A mãe é o sol do lar e da família. Mais ainda, é o sol de todas as pessoas do mundo. Por mais difícil que seja a realidade da vida, o resplendor do sorriso jamais se apagará tendo a presença da mãe (Daisaku Ikeda)

Da esq.p/dir.: Cristina e Olga; Fernanda e Davi Lucca: Caroline e suas 3 filhas: Ana, Eloisa e Laura

Não é à toa que o Dia das Mães é uma das efemérides mais celebradas do ano. O segundo domingo do mês de maio é comemorado em todo o Brasil de forma unânime. Isso porque, segundo o presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda, “a mãe é a grande geradora de otimismo. Quando ouvem o seu nome, os filhos revigoram suas energias. E quando ouvem sua voz, obtêm com saudade, a força que vem lá do berço”. Para homenagear as mães em seu Dia trouxemos as histórias de três mães Soka que tiveram seus bebês durante a pandemia da Covid-19, mas que nem por isso sucumbiram ao medo e ao pessimismo. Pelo contrário! Cada qual se muniu de força e determinação que só as mães têm a capacidade de invocar, e decidiram trazer ao mundo seus filhos da esperança.


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A paulista Fernanda Gonçalves da Silva conheceu a BSGI ainda criança, por intermédio da vizinha, mãe de sua melhor amiga. As mães de ambas sentavam-se juntas para orar e participar das reuniões. “Mas, por algum motivo, minha mãe parou com tudo antes mesmo de se converter”, disse Fernanda. Mas o destino ainda a levaria de volta às atividades da BSGI.


Em 2003 conheceu aquele que viria a ser seu marido: Thiago Lombardi, cuja família já era budista desde antes de seu nascimento. Não tardou para que Fernanda se tornasse budista também. O tempo passou e o sonho de se tornar mãe foi se solidificando, mas as adversidades também. Em 2012 engravidou pela primeira vez, mas sofreu um aborto espontâneo antes dos três meses de gestação. Mas o casal não se entregou. Fernanda decidiu que teria seu herdeiro Soka!


Porém, mais duas gestações e outros dois abortos antes de completado o primeiro trismestre geraram muita angústia e desânimo. “O tempo foi passando, a idade chegando e determinei que queria engravidar novamente e que seria diferente dessa vez, mudei de médico e ele me orientou a procurar um especialista em reprodução humana”, contou.


Uma bateria de exames depois, descobriu-se que Fernanda tinha trombofelia[i]. Além disso, devido aos abortos anteriores teve que passar por uma cirurgia e esperar dois meses para uma nova tentativa de engravidar. A descoberta desse fato se deu em dezembro de 2019.


Por isso, qual não foi a surpresa de ambos quando, sem nenhuma cirurgia, descobriram, em janeiro de 2020, que estava grávida mais uma vez. Medo e alegria se mesclavam em seu coração. Devido a doença, teria que receber injeções caríssimas de anticoagulantes que não são cobertas pelo SUS ou qualquer programa governamental. “Mas, como não há oração sem resposta e como trabalhava num consultório médico, consegui todas as injeções com um propagandista farmacêutico, gratuitamente!”, exclamou Fernanda.


Foi então que em março de 2020, realizaram o chá revelação do pequeno príncipe Davi Lucca. Logo depois disso, o mundo recebeu a notícia da pandemia. Devido ao lockdown Fernanda foi afastada do trabalho e pode passar a gravidez inteira em casa, com tranquilidade e repouso necessário. Até que em setembro, celebraram a chegada do pequeno Davi Lucca, “O Davi sempre nos vê, eu e pai dele, realizando a prática diária e já senta conosco para orar. Participa desde de bebê das reuniões online. Não tenho dúvidas que ele será um grande valor para a sociedade, seguindo os princípios humanistas Soka!”, finalizou a orgulhosa mãe de Davi.


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Caroline Martins Rosell é moradora de Cacoal, em Rondônia, extremo Norte do país. Assim como Fernanda, conheceu a BSGI por intermédio do hoje marido, Jonathan. “Na época eu frequentava outra religião e foi pelas mãos dele que tive meu primeiro contato com o budismo”, contou.


Ela já tinha duas filhas, Ana Carolina, de 14 anos e Eloisa Joaquina, de 10, quando descobriu, em plena pandemia, que seria mãe pela terceira vez da pequena Laura Beatriz. “Tive muito medo, pois a pandemia gerou muita insegurança”, contou. Foi um momento de grande incerteza e angústia pois ninguém sabia o que viria pela frente. “Foi uma gestação não planejada e por termos familiares da área da saúde sabíamos que teríamos que redobrar os cuidados e as orações para enfrentarmos tudo o que viria pela frente”, explicou.


Já as filhas mais velhas ficaram radiantes com a notícia. Ambas desejavam há muito um bebê em casa. Caroline manteve-se trabalhando tomando todos os cuidados e orando com muito mais intensidade e vigor para que a gravidez transcorresse com tranquilidade. Mas a vida reservara à Caroline um grande desafio.


Com quase 8 meses de gestação, contraiu a covid e teve de ser intubada. Foram momentos tensos em que toda a família se uniu em oração. Devido o risco da cesárea (é uma cirurgia de grande porte), aguardaram que seu quadro se estabilizasse. Quando finalmente a pequena Laura nasceu, Caroline ainda estava desacordada pela intubação. Seguiram-se 30 dias em coma e, devido a gravidade de seu quadro, Caroline foratransferida para a capital do estado, Porto Velho.


Esposo e filhas foram para lá e ficaram hospedadas gratuitamente na casa um samaritano. Já a bebê teve alta e pode esperar a melhora da mãe com o pai e irmãs. Foram momentos intensos de muita união entre os familiares e então, após 59 dias de internação, Caroline pode deixar o hospital. “Conheci a neném quando ela já estava com 47 dias, e eu ainda internada na enfermaria do hospital. Laura é uma bebê esperta, tranquila, atenta a tudo!”, exclamou a orgulhosa mãe de Laura, o bebê que venceu a covid. E Caroline fez questão de acrescentar no final que: “e ela fica quietinha na hora da oração budista!”.


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Moradora do bairro Colégio, na cidade do Rio de Janeiro, Cristina Lameira é a feliz mãe da pequena Olga, uma bebê que chegou em sua vida já vencendo diversos desafios. Cris nasceu e cresceu em meio às atividades da BSGI. Aos 16 anos venceu um câncer de intestino e foi sua grande prova de vida da força desse budismo. Mas o destino lhe traria novos testes para a sua fé. Em 2019 e 2020 engravidou mas perdeu ambos os bebês. Não planejaram a terceira gestação em plena pandemia, mas foi festejada da mesma forma. Intensificaram as orações para que dessa vez o sonho da maternidade se concretizasse.


Cris e seu marido tomaram todas as precauções sanitárias ao longo dos nove meses, pois os desafios da mulher com mais de 40 anos que engravida são ainda maiores. “Eu curti demais a minha gestação, sou uma ‘mãe coroa’, sabia dos possíveis riscos dessa escolha, mas não tive medo e nem dúvida. A oração e as orientações do presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda, foram a bússola para me guiar nessa viagem”, enfatizou.


Devido a idade e alguns marcadores surgidos num ultrassom, havia a possibilidade de o bebê ser portador da Síndrome de Down. Foi lhes sugerido realizar uma amniocentese[ii], a qual foi declinada por ser um exame invasivo e trazer riscos ao bebê. “Oramos todos juntos para que se realmente a criança tivesse alguma Síndrome, nós tivéssemos a sabedoria para criá-la e que, por meio dos ensinamentos budistas, ela fosse mais que especial, que fosse um ser humano de grande valor e muito feliz”.


Chegou enfim o dia do parto e após uma difícil cesárea, uma bebê perfeitamente normal e esperta, a pequena Olga, foi colocada sobre o peito da mãe Cristina e a conexão se estabeleceu imediatamente. Encontrando o seio, a pequena Olga, a filha da determinação e da coragem, sugou com força e, segundo Cris. “nem parecia ser a primeira vez que fazia aquilo”.


Cristina descreve que Olga é um bebê superesperto, grande e bem desenvolvido para sua idade. Sorridente, falante em seu idioma, o ‘bebenês’, como diz o pai. Não costuma estranhar ninguém, desde que a pessoa não chegue se comunicando de forma muito eufórica. “Mas depois que pega intimidade, é só simpatia”, declarou orgulhosa.


“Ser mãe da Olga: ela chegou poucos dias antes da primavera e coloriu a minha vida em flor. E eu que não gostava de rosa, me vi inundada de uma aura rosada trazida por essa menina linda que me fez conhecer mais uma camada de mim”, finalizou Cris.


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O dr. Ikeda assim define a força das mães:


“O potencial de mãe é como o poder da terra. Tal como a terra dá frutos, a mãe é a grande terra da criatividade e da educação. Quando ela se move, tudo se transforma. Seu potencial de mãe é capaz de mudar o lar, a comunidade, a sociedade e a própria época. Ela transforma a terra num mundo de paz.”






[i] A Trombofilia é uma condição de hipercoagulabilidade sanguínea. É como se o sangue se tornasse mais espesso, mais grosso. Na gravidez, a trombofilia representa sério risco de abortos repetitivos e riscos acentuados de problemas no desenvolvimento do bebê e até mesmo, de morte materna durante e no pós-parto. (https://www.tuasaude.com/trombofilia/)


 




[ii] Amniocentese é um procedimento ambulatorial e consiste na punção da cavidade amniótica pela via abdominal por meio de uma agulha, guiada por meio da ultrassonografia. (https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ginecologia/amniocentese/)



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