Posando para a foto: membros do Departamento de Juristas da BSGI
Acima de tudo, a força de vontade e a vitalidade das pessoas de uma comunidade são energias fundamentais. (Fragmento da proposta de paz de 2014, Criação de Valores: a construção de um mundo solidário, capaz de se recuperar de tantas aflições)
Cerca de 40 profissionais ligados à área do Direito, membros do Departamento de Juristas da BSGI reuniram-se no último dia 30 de agosto para estudar e discutir aspectos pertinentes da proposta de paz de 2014, Criação de Valores: a construção de um mundo solidário, capaz de se recuperar de tantas aflições, escrita pelo presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda. Anualmente, desde 1983, este documento é redigido e enviado às Nações Unidas com o objetivo de oferecer respostas às questões mais prementes da atualidade.
As advogadas Karoline Colen Nazello e Juvilene Portolani fizeram a explanação do documento. “O que mais chama a atenção no texto é a ênfase dada ao elemento humano como o ponto mais crucial de todas as questões”, colocou Karoline. Ela ressaltou também os três pontos necessários para seguir rumo a uma sociedade sustentável:
Karoline traçou ainda um importante paralelo com o
Valor da atitude = Valor do caráter
No texto, o ensaísta cita o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela no discurso proferido em maio de 1994, pouco antes de ser eleito presidente:
Vocês têm demonstrado tanta calma, uma determinação paciente de recuperar este país por vocês mesmos que a alegria que agora podemos proclamar em voz alta aos quatro ventos é ‘Finalmente livres! Finalmente livres!’”.
Mas ressaltou também que qualquer pessoa pode encontrar o valor da atitude e o valor do caráter. “Nossa existência tem um sentido. Nossa atitude muda o entorno, muda a comunidade e muda o mundo”, afirmou.
“Estabelecer uma criação de valor que assuma a esperança como ponto de partida para todas as soluções dos conflitos”, ressaltou a advogada Juvilene Portolani em sua explanação sobre a segunda parte da proposta de paz. Nossa meta, enquanto membros da mesma família humana, é criar, portanto, uma sociedade mundial, tendo a educação como meio de empoderamento. “Mandela, mesmo preso, não deixou de se aprimorar diariamente. Ele ressaltou que ‘somente minha carne e sangue estão aprisionadas, minha mente e meu espírito são livres!’. Tal posicionamento deve ser lembrado sempre como um exemplo de espírito imbatível”, ressaltou Juvilene.
Como membros da SGI – uma das únicas organizações da sociedade civil no planeta a buscar essa comunhão e a criação desta sociedade sustentável de forma pragmática – cabe a cada um a missão de superar os próprios temores e o mal em todas as suas formas, além de auxiliar outros para libertarem-se também.
No debate que se seguiu à exposição do texto, foi levantado que ações pontuais têm repercussão mundiais, como os resultados práticos destas propostas de paz anuais. O advogado César Augusto Garcia, mediador do debate, enfatizou alguns desses resultados:
“Na plateia da célebre palestra do presidente Ikeda na Universidade de Harvard, estava presente o então aluno de pós-graduação, Barack Obama. Obama declarou, anos depois, que foi profundamente tocado por este discurso, contou César.
Uma das participantes relatou que quando cursava uma pós-graduação, entregou uma proposta de paz a um de seus professores. Hoje ele é membro do Superior Tribunal Federal e ela tem observado que em várias ocasiões emprega frases e citações retiradas daquele texto.
Por fim, a coordenadora do grupo, a advogada Hilda Fujii, agradeceu a presença e salientou a importância de realizar ações pontuais de forma a disseminar a mensagem de paz da SGI em todos os setores, em especial na área jurídica. “Precisamos nos engajar nesta luta de forma a construir uma base sólida para que os nossos filhos se encontrem e possam desfrutar de um mundo mais solidário”, finalizou Hilda.
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