02 de September de 2015

Enfrentando os vazios

Hilda em meio ao verde do Centro Cultural Campestre

E numa roda de discussão durante a Conferência de Líderes da Coord. Cultural da BSGI

As escolhas e decisões das pessoas que aspiram ao bem, revelarão imensa variedade, dependendo de seus respectivos aqui e agora (...). Mas é a disposição de ir às profundezas e o esforço para nos fortalecer, que nos possibilitarão levar avante a determinação, sem evitar e sem fugir dessas circunstâncias.
(Frag. da Proposta de Paz, escrita por Daisaku Ikeda e enviada à ONU em 2010)


A vida da advogada Hilda Fujii é um exemplo prático de como a as escolhas e decisões das pessoas que aspiram ao bem mudam tanto a vida dela própria como a de todo o seu entorno. O sorriso farto desta jurista do humanismo, característica marcante de sua personalidade atual, não integrou seu perfil por boa parte da juventude. “Lembro-me de chamar atenção das pessoas não pela alegria e disposição, mas por ser uma pessoa amarga, pois me sentia sem grandes perspectivas”, conta.


Foi somente em 1988, por meio de uma amiga que notara seu sofrimento, que ela conheceu a alegria e a disposição de buscar a felicidade ao associar-se na BSGI.


Antes, ela explica que estudava e procurava se aprimorar, porém não obtinha reconhecimento. Sofria com questões amorosas, diversas decepções e desilusões, tinha poucas amizades, não via beleza em nada, era insegura para lançar qualquer objetivo, achava que tudo era impossível. Coragem era algo que não fazia parte de sua vida. Achava que a culpa pela falta de sorte era sempre dos outros. Por isso estava sempre triste e amarga.


Em meio a tantas incertezas iniciou sua trajetória na BSGI. E iniciava também uma nova história em sua vida. “Aos poucos fui percebendo outros valores, agregando maior sentido em minhas atitudes, passei a lançar objetivos e ir em busca de concretizá-los”, enfatiza a advogada.


Um ano apenas depois encontraria sua cara-metade: em 1989 conheceu Roberto Fujii, com quem se casou em junho de 1991. Tinha o sonho de ser mãe, contudo certa vez ouvira de um médico que talvez jamais engravidasse. Contrariando esse diagnóstico, concebeu seu primogênito Felipe e, depois dele, Bruna. “Ser mãe foi uma das grandes conquistas de minha dedicação à BSGI!”, exclama a orgulhosa mãe Hilda.


As vicissitudes da vida são, porém, inevitáveis. Em outubro de 1998, após nove anos apenas de convivência, seu marido Roberto faleceu em um acidente de trabalho na Amazônia, quando estava a serviço de uma emissora de televisão japonesa.


O vazio que se seguiu foi gigantesco. Em um momento, Hilda tinha uma família feliz – constituída de um marido amoroso e gentil, e duas crianças pequenas – e no outro instante, lá estava Hilda, viúva e sozinha. “Embora a perda de meu marido tenha sido devastadora, eu não me desesperei. Nem duvidei da grandiosidade desta filosofia humanística!”, apressa-se em esclarecer.
Segundo ela, Roberto era um marido atencioso, amoroso e dedicado. Não media esforços para fazê-la sentir-se uma verdadeira rainha. A afetividade que esta relação gerava, proporcionava-lhe mais do que aconchego. “O que ele me legou de mais importante foi a segurança e a certeza de que a minha atuação no movimento humanístico da BSGI me proporcionaria tudo o que eu precisava para emergir de qualquer fosso em que me encontrasse”.


Hilda abraçou então a família Soka com todo o seu ser e legou aos filhos essa mesma paixão pelo ideal. Pode compreender todas as ações de Roberto que nunca mediu qualquer esforço para dar-lhe condições de aprimoramento e desenvolvimento.


Embora já fosse graduada em Ciências Contáveis, decidiu encarar o desafio de uma segunda graduação. “Cursei os cinco anos de Direito, com os dois filhos pequenos, e me dedicando integralmente à BSGI. Visitei os companheiros onde quer que estivessem, fosse na favela, ou nos bairros mais abastados. Nunca discriminei ninguém, sempre olhei para as pessoas como meus iguais”, ressalta a jurista.


Sua atuação profissional como advogada tem sido cada vez mais expressiva. “Amo minha profissão!”, exclama com orgulho. Hilda especializou-se nas áreas Previdenciária e Trabalhista e hoje integra a Comissão de Direitos Humanos da OAB, da subseção de Diadema. “Tornei-me advogada da filosofia humanística que defende os ideais da SGI e promove a justiça em minha vida e no seio da sociedade. Desempenho meu trabalho não só visando a remuneração mas principalmente pela consciência de cumprir dignamente a missão como agente transformador e multiplicador da filosofia humanística da BSGI”, finaliza Hilda, advogada do humanismo Soka.

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