Combater a poluição é dar valor à vida!
As plantas despertam o sentimento de harmonia dentro de nós, suavizam nossas emoções mais violentas, nos inspiram à poesia e, assim, nutrem nosso coração e nossa mente.
Tsunesaburo Makiguchi, geógrafo, educador e primeiro presidente da Soka Gakkai
Quando observamos atentamente o mundo ao nosso redor – não apenas com os olhos, mas apurando os ouvidos, o tato e olfato – descobrimos que nosso horizonte vai bem além das duras linhas que marcam as dimensões dos simples sentidos. Num passeio banal pelo quarteirão é possível perceber a imensa gama de cores, sons, cheiros que nos envolvem. O ser urbano por excelência tem sua percepção afetada pelas inúmeras interferências – visuais, auditivas, etc – impostas ao mundo por sua ação no meio. O Dia Nacional do Combate à Poluição, 14 de agosto, é um momento de se repensar nossas atitudes e nosso fazer. Dia de rever paradigmas para implantar mudanças significativas.
O presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda enfatizou que “o destino da raça humana e da terra dependem de que tipo de condição de vida cada indivíduo mantêm e que padrão de força ativa ele revela na revolução ordenada do universo”. Ainda segundo ele:
A vida é uma preciosidade. É o desabrochar das plantas na primavera, o amadurecimento das frutas no outono, o ritmo da Terra e da natureza. A vida é o canto das cigarras anunciando o fim do verão, são os pássaros migratórios rumo ao sul no límpido céu de outono, os peixes saltando em uma correnteza. A vida é a alegria que a música nos inspira, o deslumbrante cenário do pico de uma montanha avermelhada pelo brilho do raiar do sol, são as miríades de combinações e intercâmbios de fenômenos perceptíveis e imperceptíveis. A vida é tudo! [ 1]
Combater a poluição, portanto, é dar valor à vida!
Importante ressaltar que por poluição entenda-se todo tipo de degradação ao ecossistema, que altera as características biológicas, físicas e químicas do mesmo. Tais alterações podem acontecer com a subtração de elementos naturais ou também com o acréscimo de lixos e resíduos ao ecossistema. As formas de poluição mais comuns hoje em dia são a da água, do solo e do ar, mas grandes destaques já são dados à poluição sonora e visual.
A BSGI, por meio do Departamento de Cientistas, vem desenvolvendo um importante projeto de Educação Ambiental baseado na Agenda 21 [2], e na ação efetiva dos Agentes Ambientais. Cada integrante, dentro de sua comunidade, busca detectar as urgências e necessidades e, em conjunto com os demais setores, desenvolvem projetos e ações com objetivos de curto, médio e longo prazo. No bairro do Jaçanã, por exemplo, zona Norte da capital paulista, o núcleo local de Agentes Ambientais vêm obtendo grandes progressos na conscientização da população por meio da revitalização de praças e canteiros, bem como ações integradoras como palestras e oficinas, voltadas ao empoderamento e implantar em cada um o senso de pertencimento e afeto real pelo meio que o rodeia.
Os ambientalistas da BSGI são indivíduos engajados, conscientes e determinados a combater os males que a civilização criou. Pode parecer, à primeira vista, um pequeno passo, mas toda ação efetiva requer passos firmes, decididos e constantes. A história da humanidade mal começou, afinal! Há muito o que fazer e manter o espírito livre e o destemor é o caminho para um desenvolvimento pleno e constante.
[1] IKEDA, Daisaku. Vida, um enigma, uma jóia preciosa. Ed. Brasil Seikyo, São Paulo, 2013. pág.17
[2] Agenda 21 – Consiste em um processo de planejamento participativo nos territórios. Envolve a implantação, ali, de um Fórum composto por governo e sociedade civil, os agentes que têm a responsabilidade pela construção de um Plano Local de Desenvolvimento Sustentável, estruturando prioridades locais por meio de projetos e ações. Também são definidos os meios de implementação e as responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na realização, acompanhamento e revisão desses projetos e ações.
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